sexta-feira, 27 de maio de 2016

Finalmente somos todos comunicadores. Mas do que?

As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis, que, anteriormente falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade


Umberto Eco


Do incrível aumento de usuários das redes sociais, por conta do acesso cada vez mais fácil, rápido e barato às portas do mundo pelas facilidades postas pelas tecnologias - ainda que pela virtualidade da internet - está resultando o acompanhamento proporcional de progressivo empobrecimento intelectual e artístico de conteúdos. Nada novo, pois condição observável desde o advento da indústria cultural e da sociedade de massa, e que converteu pensamentos, crenças, valores e opiniões em meros enlatados baratos e prontos para consumo. Não podemos nos esquecer da trajetória de acesso aos meios, e que caminhou das elites para a massa: jornal impresso, telefone, rádio, cinema, televisão, vídeos e internet. Não foi diferente com dicionários e enciclopédias.

 Quanto mais acessível uma dada mídia se tornou para a massa, mais degradado seu conteúdo, até se tornar uma imensa prateleira de bugigangas repletas de informações, ideias e sentimentos superficiais. Na maior parte das vezes opiniões e crenças. Nessa prateleira - e aos montes - um moralismo piegas, rasteiro, mas repetido aos gritos por toda a rede, como se disso resultasse alguma “elevação” na chamada “consciência cidadã” da sociedade, além da adoção e militância acéfala à bandeira que estiver em voga. Hoje são os negros, indígenas, homossexuais, mulheres, crianças e velhos. Amanhã serão outros elementos, outros nichos e tomados como o que há para pensar, sentir, falar e proteger em nome da inclusão. Até disfunções sociais são tratadas como moda: assédio sexual, assédio moral, pedofilia, bulling, etc. Em resumo: uma vida ditada pela moda e seja ela qual for. Essa tem sido a “politização” das redes sociais.

Embora virtual a internet afeta relações presenciais: as ovelhas agora vão sozinhas ao pasto, onde passam os dias sem levantar a cabeça e a boca da grama, ainda que ao menos para um olhar rápido pelo horizonte próximo. Elas ruminam regras anônimas, e vigiam e patrulham umas às outras em nome de um entendimento de cuja elementaridade acrítica se apropriam - o repertório politicamente correto –, isto é, um código implícito de condutas, uma ideologia farta e ostensivamente propagandeada pelos meios de comunicação, e até mesmo por meio de músicas, programas de auditório e novelas.

A ovelha negra não mais é discriminada segregada pelo rebanho, mas objeto de conversão antes de expurgada. Dias de tolerância, de resiliência, de sorriso. Cada vez mais valores e cada vez menos conhecimentos, por isso compreendendo saberes que podem mudar o que sabemos de nós e do mundo, de modo a nos tornamos individualidades nesse triste cenário de “massa”, nesse pasto imenso e onde nos tornamos todos absolutamente iguais. Hoje, porém, nem autoridades, nem bandidos e nem curiosos precisam vigiar a vida dos outros, uma vez que esses “outros” se apresentam voluntariamente aos olhos do mundo. Abrem mão do sagrado direito das reservas de si e o fazem por vontade própria. Algo similar a um carneiro que caminha voluntariamente para o abatedouro. Evidente que filtram o que mostram de si, mas mostram, e voluntariamente.

Finalmente a panóptica que nem mesmo Jeremy Bentham imaginou no final do século XVIII quando criou o conceito. Muito além da curta imaginação de Aldous Huxley em seu Admirável Mundo Novo de 1932. Já não parece estranha a afirmação de Marshall McLuhan que a mídia (meio, veículo) é a mensagem. Finalmente a coincidência, a identidade entre o conteúdo da mensagem e o conteúdo da massa. Enfim, fiat democratia. Vox Populi no comando das redes sociais. As redes são a voz do povo.

Ah, dirá alguém, mas tem coisa boa e de qualidade na internet. Claro que tem, mas não nas concentrações de massa, e parece importante esclarecer que o emprego do termo massa não significa um agrupamento de pessoas sem escolaridade e sem dinheiro, mas um agrupamento de pessoas sem diferenciação intelectual e afetiva, embora, muitas vezes, com escolaridade e dinheiro. Afinal, escolaridade não é sinônimo de conhecimento, e dinheiro não pode compra-lo.

O usuário médio de internet não é pesquisador, e menos ainda gerador do que pode ter interesse de pesquisa. É usuário de facebook (antes o Orkut), youtube, twitter, wattsapp e outras mídias caracterizadas pela superficialidade, pelo grotesco, pelo bizarro. Aliás, como esses usuários costumam dizer “têm” essas mídias, e por essa afirmação pretendem dizer que “têm” as mensagens, e têm mesmo. Afinal, alimentam, dão vida a essas mídias. Elas têm jornal digital, livro digital, rádio digital, tv digital e o que mais quiserem e souberem “ter”. Elas têm em casa, e sem grandes custos, todas as mídias que no passado foram privilégios das elites e alimentadas por uma legião de profissionais. Hoje, com a disponibilidade gratuita de softwares de edição gráfica e de sons e imagens, uma só pessoa torna-se produtora em todas as mídias. Agora, então, que um simples celular captura e grava sons e imagens, e com a possibilidade de desenvolver aplicativos, a liberdade editorial é plena. Não é pouca coisa. Isso jamais seria imaginado em passado não tão distante.

Por que, então, com toda essa tecnologia ao alcance da maioria das pessoas, não ocorre um milagre qualitativo nas comunicações? Afinal, não seria isso de esperar de uma avalanche de contribuições intelectuais, cientificas e artísticas resultante das expressões dos indivíduos, dos usuários? Isso não ocorre porque não há contribuições intelectuais, cientificas e nem artísticas. Aqui, e mais do que nunca, vigora a cena do cão à frente do gramofone, em propaganda da RCA, com os dizeres His Master’s Voice - a voz do dono -, e com a infeliz constatação que pela voz do dono nada se ouve de interesse.


Por que, então, a almejada independência em relação às mídias controladas pelos poderosos não ocorre, e continuamos delas dependentes? Porque as pessoas têm todas as mídias e seus recursos tecnológicos, mas não têm os correspondentes recursos pessoais, isto é, os conteúdos.

Isso significa a ausência de pessoas dotadas de bom nível intelectual, científico e artístico? Significa a ausência dessas pessoas nas redes sociais. Essas pessoas existem, estão presentes em diferentes estratos sociais e econômicos, mas dispersas em seus anonimatos.

O que na maior parte das vezes se encontra em facebook, youtube, twitter e wattsapp são pessoas que postam e compartilham banalidades, e muitas vezes “pensamentos” erroneamente atribuídos a autores famosos como Churchill, Galileu, e outras verdadeiras celebridades da história. Não são pessoas que procuram e menos ainda que produzam conteúdos. Como negar, tomando por parâmetro a relação disponibilidade tecnológica x qualidade de comunicação que estamos diante de uma grande defasagem para pior? Torna-se um desperdício tecnológico. Decepção para quem imaginou que a internet tornaria o conhecimento um bem de acesso universal. Temos crise de conteúdos e não de mídias. As mídias, como sinônimo de mensagens, desnudaram uma condição pouco lisonjeira de nós mesmos. Para muita gente as tecnologias das redes estão como cozinhas sofisticadas para quem não sabe cozinhar.

Não creio que esse quadro mude para melhor. O processo de retroalimentação dessa lamentável tendência só pode ser minimamente ameaçado por uma força que caminhe no sentido contrário, e nada se observa nessa direção. Única forma de resistir à condição de massa é privilegiar a condição de indivíduos, de sujeitos, e apenas mídias de conteúdos podem exercer alguma influência nesse oceano de mesmices. Sem algo diferente não há espelho para demonstrar a igualdade. Fato é, porém, que grande padronização enraizou-se com profundidade, e é importante para a conservação de forças que dela dependem para manter posição e privilégios: agentes de mercado, políticos e religiosos.

Ainda que angarie desafetos, tenho insistido com direitoides e esquerdoides que só sabem reclamar da tendenciosidade das grandes mídias que a ninguém está negada a criação de sua própria. Nunca o fizeram e sei o motivo: não têm fôlego para sustentar críticas e teses por mais de dois dias de programação. A manutenção sistemática de uma mídia individual de conteúdos exigiria desse indivíduo um invejável grau de conhecimentos, e isso não costuma ser comum. Importante, entretanto, lembrar que falamos de exercício de conhecimentos, e não de opinionismo vulgar presente em qualquer mesa de bar.

Nenhuma outra instituição soube se aproveitar de mídias como as igrejas evangélicas. Salas de espetáculo dos cinemas, e que se tornaram obsoletas pela chegada dos vídeos, tornaram-se ambientes para cultos. Rapidamente aproveitaram a oportunidade das rádios comunitárias e sabem como ninguém obter concessão para explorar emissoras ou programações de rádios e de televisões. Se não se utilizam tanto dos recursos das redes sociais, souberam criar e fazer uso de aplicativos. Dos programas de TV avançam para a produção de novelas, e delas para filmes de longa metragem. Algumas criaram canais fechados de televisão. Pessoas e instituições reclamam desse expansionismo, mas não lhes ocorre fazer a mesma coisa, e que não está negada a nenhuma instituição de natureza assemelhada.

Partidos políticos não têm programações de rádio e TV. Verdade que não precisam e talvez não queiram. Parece mais fácil e barato vez ou outra pagar pela produção de conteúdo de propaganda depois exibida em rede pelas grandes mídias e em caráter gratuito e obrigatório. Os conteúdos são invariavelmente os mesmos, e só distinguimos uma propaganda de outra pela sigla partidária. Fazem pequeno e péssimo emprego das redes sociais.

Propaganda: esse é o conceito sobre o qual pensar. Ainda que algumas vezes sem consciência, a investida individual nas redes sociais tem essa finalidade – propaganda – lugar onde as pessoas tomam a si como objeto temático. Se disso resulta um produto sofrível, paciência. Indicativo dos limites da própria pessoa, pois os recursos tecnológicos são flexíveis e generosos.

Quando falamos da participação e presença de instituições nas redes sociais o aspecto mercadológico da iniciativa é ainda mais presente. Organizações não costumam ter páginas no facebook, em blogs, ou em outras mídias ocupadas por pessoas físicas, e quanto tem é uma lástima. Preferem os portais. Esses, por seu lado, têm merecido atenção mais pelo design do que por seus conteúdos. Aliás, costumam ter menos conteúdos do que as aventuras amadoras dos internautas individuais.

Portal é todo ele milimetricamente dosado. Espaços, cores, fontes, imagens, disposições, etc. Isso, naturalmente, de acordo com a “face” que cada instituição adota como se fosse uma espécie de máscara. Nessa medida, nada mais artificial e inútil do que um portal. Também neste caso a mídia é a mensagem, e a mensagem dos portais é invariavelmente quase sempre a mesma: uma imagem.

Esse é o modo de se mostrar da maioria das empresas comerciais e industriais. Como portal é mera ferramenta de marketing, e todas elas se utilizam da mesma ferramenta, nenhuma leva a sério e tampouco faz negócios com base em informações de portais. Não bastasse isso, o tempo que portal representou alguma inovação de mercado ficou no passado. O problema é que, da mesma forma que as mídias foram privilégios de elites antes de se tornarem domínio da massa, o mesmo se deu com os portais, que nasceram como instrumento de comunicação de empresas, antes de adotados pelas demais instituições.

Não é sem razão que portais costumam ser estáticos, pois foram criados para atender a essa condição. Na maioria das vezes são peças meramente estéticas – mas também estáticas -, e mesmo assim repetitivas, pois costumam nascer de modelos – modelos dos portais. Não é exagero dizer que quem viu um viu todos. Mera escolha de templates.

De maneira geral em portais não se encontram conteúdos. Estranhamente isso se mostra verdadeiro até mesmo em portais de entidades educativas, o que no mínimo é estranho. Até nesses casos os portais se prestam como cartões de visita, e não como ferramentas de utilidade. Não são de utilidade nem mesmo para seus públicos. O que dizer, então, para utilidade pública?

Manter portais ricos em conteúdos poderia ser missão legítima de sindicatos e
associações, uma vez que existem em função da defesa de interesses de pessoas, de cidadãos, e não de negócios. Nada melhor do que instituições com esse feitio para trabalhar e publicar conteúdos com honestidade intelectual, característica básica para garantir credibilidade da mídia, coisa que aquele que orientado pela luz da propaganda, do marketing, não consegue no presente e muito menos no futuro.

Uma razão por si suficiente para sindicatos e associações de pessoas, de trabalhadores, se tornarem promotoras de conteúdos que visem à reflexão permanente sobre os mais diversos aspectos da vida - intelectual, afetiva e ativa – é o fato de essas entidades estarem às voltas com a imprensa operária desde o tempo de predomínio da chamada imprensa burguesa, e quando o índice de analfabetismo da população era elevadíssimo. Acima e à esquerda imagem de edição de A Voz do Trabalhador, órgão da Confederação Operária Brasileira, e que teve início em 1908.

É verdade que falamos de outro tempo. Trabalhadores sem representação partidária na vida política, poucas garantias trabalhistas e sociais. A participação e importância dos sindicatos e de associações na resolução desses problemas foram imensas, mas eis uma história a ser contada por sindicatos, associações, e por seus mais importantes protagonistas: os trabalhadores. Memória e História do trabalho e do movimento sindical são conteúdos mínimos pelos quais sindicatos deveriam demonstrar interesse sem propaganda, sem marketing, e se possível sem personalismos. É uma história muito rica para ser enterrada pela vaidade ou pelo interesse meramente pessoal de quem quer que seja.

Vivemos hoje em outro cenário nacional e internacional. Trabalhadores têm representação partidária e garantias trabalhistas e sociais que se dão em boa parte pelo fato de as nações serem signatárias de acordos internacionais. Aumentou o índice de alfabetização e de escolaridade, até mesmo para fazer frente às exigências criadas pelo advento da mecanização, robotização, informática e telemática. A mídia impressa está em declínio no mundo todo, a Tv aberta está em franca decadência, apesar da mediocridade vigente crescem as mídias digitais, comunicadores “burgueses” pensam em como dar sobrevida aos negócios, etc. Profissões inteiras desapareceram e outras surgiram, e diante disso tudo fica a aparência do movimento sindical laboral se assemelhar ao movimento sindical patronal, que faz o possível para apagar o passado, apostar no desenvolvimento do presente, e apontar para um obscuro progressismo no futuro.

As coisas mudaram. Nas últimas décadas houve uma docilização progressiva e silenciosa dos trabalhadores. Isso foi feito a partir de um processo de doutrinação que teve início no interior das empresas, passou pelas instituições de ensino, fortaleceu-se em governos, massificou-se pelas mídias e acabou sacralizada por igrejas. Para atender às necessidades de mercado empresas enxugaram quadros, aumentaram a carga de trabalho e as responsabilidades de trabalhadores, mantiveram os níveis dos salários, e convenceram o trabalhador de que a manutenção dos empregos dependia diretamente da condição dele enxergar, de conceber a si próprio como “dono”, de administrar suas atividades como se fosse “dono”, que deveria ter espírito “empreendedor”, de responder pelos próprios resultados, e de chamar para si a responsabilidade pelos esforços, riscos e custos da própria formação, agora na condição de continuada. 

Eliminaram faixas inteiras de chefias e transferiram o peso de planejamento e controle diretamente para os trabalhadores, e ainda os convenceram a tudo isso fazer na forma de “equipe”, cabendo-lhes expulsar os colegas que “não contribuíam”, que “não colaboravam”. Nessa medida, o controle físico e emocional das atividades tornou-se um “dever” dos trabalhadores, e que neles se internalizou por mecanismos ideológicos sob a batuta de consultores especializados. Foi um grande negócio para escolas que se viram diante de um enxame a procura de diplomas (não por conhecimentos) de graduação e de pós-graduação. Grande negócio para governos que se aproveitaram do espírito “salve-se quem puder” e para sindicatos patronais uma vez que houve uma rápida expansão de escolas técnicas, agora com dinheiro público, preparando a massa para melhor apertar parafusos, mas para construir pensamentos. 

Revistas especializadas investiram em publicações que vulgarizaram as doutrinas (trabalho em equipe, empreendedorismo, pró-atividade, etc.) e finalmente vimos igrejas promovendo seminários de desenvolvimento pessoal e profissional, exatamente nos mesmos moldes dos consultores empresariais, esses sim educadores, pois capazes de promover alterações em comportamentos (em ideias, valores e sentimentos). Também neste caso, como em todos os outros, a doutrina caminhou da elite para a massa. Eis o “novo” trabalhador repaginado pelo capital, ironicamente adestrado para ser “independente”, mas com base em valores e atitudes “socializadas”. Em boa parte a mediocridade que se assiste nas redes sociais é reflexo dessa nova cultura de massas. Não tem importância se reina a alienação em relação a tudo e a todos, contanto que sejamos todos “do bem”.


Ao falar em conteúdos refiro-me a produtos da elaboração da intelectualidade e da sensibilidade - longe do academicismo, é claro, uma vez que nem acadêmicos suportam a própria forma de expressão, e também do exercício da mera e repetitiva expressão doutrinária, e que é comum ao discurso partidário -, como o registro histórico e memorial do mundo do trabalho, como análises das ideologias que alienam o trabalhador de si como pessoa, como o debate sobre as condições atuais e futuras do trabalho, da educação e da saúde, como o pensar sobre o futuro dos velhos no trabalho e na sociedade, sobre a representação política na sociedade, etc. Quem ou o que impede que entidades civis atuem como promotoras de mudanças na forma como os nacionais concebem a si, a sociedade e o país. Ninguém está fazendo isso, menos ainda nas redes sociais, de onde apontar para as oportunidades a serem exploradas por portais. Atividades como essas expressariam e bem representariam com qualidade o lado cultural e formativo de associações e sindicatos que têm pessoas como foco de interesse e de existência.


Uma segunda razão para o investimento de entidades de representação popular na produção de conteúdos em seus portais se deve ao fato da inserção de muitas delas, em especial as que representam interesses de categorias profissionais, no meio de grandes massas. Necessário lembrar que sindicatos de profissionais de educação, saúde e transporte público, além da representação de categorias volumosas, estão por meio desses trabalhadores ao lado e no meio de milhões de pessoas, e na grande maioria das vezes trabalhadores, cidadãos e usuários de internet. 

Quem melhor do que essas entidades para ampliar seus conteúdos culturais e formativos também para membros dessa massa, lembrando que todas as demais forças apostam o tempo todo na bovinização, nas ovelhas que descem para embarque no metrô em histórica cena inicial de Tempos Modernos do genial Charles Chaplin, e isso nos anos 30 do século passado. Alguns sindicatos e associações têm mais poder de influenciar e de mobilizar do que muitos partidos políticos podem sequer um dia pretender. Se essas entidades não fizerem uso desse potencial para despertar as pessoas desse sono a que foram induzidas, ninguém mais poderá fazê-lo. Por que não criar o lado cidadão dessas mesmas entidades?

Rogério Centofanti
São Paulo, abril de 2016